sábado, 14 de junho de 2008

Casa dos Artistas de Ilhéus inicia debates sobre Teatro de Grupo

Romualdo Lisboa e Secretário Márcio Meirelles - fotos Felipe de Paula

Foi aberto, na noite da última quinta-feira (12), o projeto Teatro de Grupo – estratégias de sobrevivência, da Casa dos Artistas de Ilhéus. A solenidade reuniu representantes do Governo Municipal, companhias de teatro da região e profissionais da imprensa. Através de ciclos de debates sobre como manter grupos teatrais, a iniciativa vai até este sábado (15).

O início do projeto foi marcado pela apresentação da peça Teodorico Majestade – as últimas horas de um prefeito, do grupo Teatro Popular de Ilhéus. Em seguida, houve um bate-papo com o secretário estadual de Cultura, Márcio Meirelles, a respeito das políticas públicas voltadas para a cultura. “Estamos repensando as formas de trabalho a fim de facilitar o desenvolvimento da cultura”, declarou o secretário.

Respondendo às perguntas do público e tirando dúvidas, Márcio Meirelles informou que a Secretaria Estadual de Cultura vem tomando providências para que mais grupos culturais tenham acesso aos recursos públicos. De acordo com o secretário, estão sendo formatadas oficinas de elaboração de projetos a fim adequar as propostas às linhas de fomento.

Após a conversa descontraída com o secretário, houve o lançamento do livro Em busca de um Teatro Popular, de César Vieira, que conta os 42 anos do grupo Teatro União e Olho Vivo de São Paulo, do qual é diretor. O autor elogiou o projeto da Casa dos Artistas. “Através da troca de experiências, todos aprendem mais”, disse.


Ainda na noite de abertura do projeto Teatro de Grupo, houve a abertura da exposição fotográfica 13 anos do Teatro Popular de Ilhéus. Reunindo 50 fotografias de espetáculos do grupo residente da Casa dos Artistas, foi contada a história de luta e conquistas. “Há um ano, estávamos iniciando a campanha pela reabertura da Casa, com o show de Nando Reis. Hoje, podemos desfrutar do espaço, discutindo sobre os desafios e estratégias para manter os grupos de teatro”, afirmou o diretor, Romualdo Lisboa.

No segundo dia do evento, a programação seguiu pela manhã e tarde, com discussões sobre os temas: Teatro – produção, consumo e difusão – o papel do Estado e o papel dos grupos e Estratégias para Manutenção de Grupos. Às 18 horas, foi apresentado o Auto do Boi da Cara Preta, da Cia Boi da Cara Preta, grupo residente da Casa dos Artistas. Já o monólogo Estação Terminal, da companhia Ensaio Aberto do Rio de Janeiro, que seria apresentado às 20 horas, foi cancelado.

O assunto da manhã de sábado será: Gestão de Grupos e Espaços Culturais. À tarde, as discussões serão em torno do tema: A política de Editais e Leis de Incentivo, com a participação do superintendente estadual de Promoção Cultural, Paulo Henrique Almeida. E, fechando o projeto, às 20 horas, haverá a apresentação de Pega pá capá, do Teatro Popular de Ilhéus.

Entre os convidados dos ciclos de debates estão Ney Wendell, da diretoria de música e artes cênicas da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb); Luiz Fernando Lobo e Tuca Moraes, da companhia Ensaio Aberto, do Rio de Janeiro e Carlos Carvalho, do Centro de Pesquisa Teatral do Recife. Ainda haverá a participação de Marcelo Bones, do Teatro Andante de Belo Horizonte; Chica Carelli e Gordo Neto, do Teatro Vila Velha de Salvador. E, representando a região cacaueira, José Delmo, do extinto Grupo de Arte Macuco de Buerarema.

O projeto Teatro de Grupo – estratégias de sobrevivência é patrocinado pela Funceb e foi um dos contemplados da primeira etapa do Calendário Cultural. A iniciativa também conta com o apoio da Associação de Turismo de Ilhéus (Atil), Prefeitura Municipal, Fundação Cultural de Ilhéus e empresários locais.

Um comentário:

Unknown disse...

Poxa! Fico triste de não ter tido conhecimento desse momento importante para a cultura local.
Fazer o que né?!
Abraços a todos da Casa dos Artista.