segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Improviso, Oxente! discute uso sustentável nesta terça


O projeto de debates Improviso, Oxente! continua com o tema geral “A cidade é movida pela cultura”. Após o Instituto Nossa Ilhéus lançar os indicadores da cidade no último dia 02, os especialistas convidados provocarão o público com assuntos ligados a “Ilhéus que temos”. Neste mês, as discussões acontecerão todas as terças-feiras a partir das 19 horas. O subtema de amanhã (07) será “Uso Sustentável dos bens naturais comuns” e o convidado será o professor José Adolfo. A entrada continua sendo franca. 

No último encontro do projeto de debates, o assunto da discussão foi “Ilhéus a partir da redemocratização do Brasil”. Os especialistas convidados foram Maria Luiza Heine, José Nazal e Pascoal João dos Santos. As falas e perguntas do público foram intercaladas por apresentações musicais e improvisações teatrais. 

Maria Luiza Heine, falou sobre a figura do coronel do cacau. “Os antigos coronéis eram pessoas que vieram para região sem nada e ganharam poder com os lucros do cacau. E, apesar de a região já ter sido responsável por boa parte da renda da Bahia, não tinha força política e nunca elegeu um governador”, explicou a pesquisadora. 

José Nazal falou um pouco sobre a política ilheense após a ditadura militar. Ele disse que, no período em que os militares estavam no comando, houve prisões, inclusive do presidente do sindicato dos estivadores. Mas, quando foi assinada a Lei da Anistia em 1979 e após a Constituição de 1988, a participação popular passou a ser mais ativa. “A partir da redemocratização, as decisões políticas passaram a ser mais influenciadas pela comunidade, inclusive a elaboração do Plano Diretor e do Plano Plurianual”, declarou. 

A fala do professor Pascoal João dos Santos foi sobre os conselhos municipais e o controle social. Segundo ele, Ilhéus possui 20 entidades, mas nem todas funcionam efetivamente. “Os conselhos municipais são, historicamente, ignorados pela administração. Mas precisamos fazer a cidadania doa a quem doer. A população deve participar mais para avaliar e discutir as políticas públicas”, disse.

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