As três últimas apresentações foram diferentes das demais, contando com um elemento surpresa. A participação do autor e diretor, Romualdo Lisboa, foi estendida a todo espetáculo. Ele substituiu o ator Aldenor Garcia, que, infelizmente, esteve ausente devido ao falecimento de sua irmã. Mas, hoje à noite, o intérprete do vereador Gersinaldo Quina garantiu sua volta à cena.
No sábado (02), Teodorico esteve em Campinhos e Pinga Pinga, assentamentos pertencentes a Canavieiras e Santa Luzia. Ambos existem há 15 anos e comportam 25 famílias. Como ficam próximos, o primeiro recebeu o grupo à tarde e o segundo ao cair da noite. No domingo (03), os assentados de São José, em Canavieiras, foram ao delírio com a comédia, que usa a literatura de cordel para fazer graça com os bastidores da corrupção.
Em Campinhos, a produtora local, Cláudia Rejane da Costa Campos, disse que a apresentação de Teodorico Majestade – as últimas horas de um prefeito foi inesquecível. “A peça mostra que o povo tem poder. Basta saber cobrar dos políticos”, afirmou. O agente comunitário de saúde e primeiro secretário da associação, Miguel Nunes dos Santos, afirmou que a encenação foi importante para que os agricultores aprendam a se valorizar. “Não podemos vender nossos votos. Senão, só vamos eleger corruptos que só lembram de nós durante as campanhas eleitorais”, declarou.
No assentamento de Pinga Pinga, a apresentação começou logo após o pôr do sol. Como havia apenas a iluminação de um poste, a equipe técnica do Teatro Popular de Ilhéus providenciou pontos de luz para facilitar a visão do público e compor as cenas. A montagem da estrutura foi facilitada pela produtora local, Sandra Araújo da Silva. Segundo ela, a vinda do grupo foi “uma coisa nova para a comunidade, uma oportunidade para os assentados conhecerem o que é teatro”.
No assentamento de São José, em Canavieiras, o palco da apresentação foi o pátio da Escola 25 de maio. A comunidade é formada por 31 famílias, que antes pertenciam a dois movimentos de reforma agrária. De acordo com o presidente da associação, José Ricardo Santana, para que ocupassem a terra foi preciso que se unissem. “É isso o que a peça mostra. Através da união, é possível fazer diferente em busca de melhorias. Por isso é que o povo não pode deixar de exigir daqueles que elegeu”, afirmou.
Mais informações acesse: http://teodoricomajestade.blogspot.com.br/
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