Imagem do espetáculo "O Inspetor Geral".
Finalmente, os personagens políticos que inspiraram os personagens da peça poderão se ver. O espetáculo do Teatro Popular de Ilhéus foi criado a partir de acontecimentos que marcaram a cena política nos últimos anos, mas até então, o público ilheense não pode ver a montagem que estreou em maio de 2011 em São Paulo com patrocínio do SESI-SP.
O Inspetor Geral foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro e faz temporadas ainda no primeiro semestre em Salvador e Curitiba. De acordo com o crítico Valmir Santos “ao apropriar-se do clássico O inspetor geral, de Nikolai Gógol, o Teatro Popular de Ilhéus exercita uma espécie de antropofagia com causa. Subverte as artimanhas do andar de cima com as ferramentas e a poética da cultura popular.
Evoca o cordel, a manipulação de bonecos e os folguedos para deglutir o sistema com a sofisticação da sátira universal. O resultado é um espetáculo com liberdade e ironia para ler as contradições de seu tempo e lugar. No caso, o município-berço no sul da Bahia e o contexto das reviravoltas institucionais transcorridas desde meados da década passada, impulsionadas pela consciência e mobilização dos moradores contra a corrupção.”
O Inspetor Geral – sai o Prefeito, entra o Vice é mais uma viagem do Teatro Popular de Ilhéus no universo maravilhoso da Literatura de Cordel. O texto, inspirado na obra homônima de Gogol, foi escrito em septilhas.
Os atores / brincantes saem das páginas dos cordéis e dão voz ao cantador para narrar a história de Gilton Munheca, Prefeito da fictícia cidade de Ilha Bela. Entre conchavos e falcatruas surge uma carta anunciando a chegada de um Inspetor Geral, que vem em missão secreta. O conteúdo da carta deixa Prefeito, Secretários e Vereadores aflitos. Durante uma reunião de emergência chega a noticia de que um estranho está hospedado na Pensão Vasco. Dispostos a qualquer coisa para se manterem nos seus cargos, os políticos vão tratar o jovem visitante como um príncipe. Com trilha sonora executada ao vivo, o espetáculo apresenta um retrato da corrupção política no interior do Brasil.
Texto e Direção: Romualdo Lisboa | Elenco: Hermilo Menezes,Tânia Barbosa, Ely Izidro, Takaro Vitor, Aldenor Garcia, Rogério Matos, Elielton Cabeça, Guilherme Bruno, Larissa Paixão | Participação Em Off: Gil Gomes | Cenografia: C. Makalé | Preparação Vocal: Antônio Melo | Preparação Corporal: Alida Pellanda | Figurinos, Maquiagem e Adereços: Justino Vianna | Costureiras: Gildecy Soares, Grisleide Soares | Carpintaria: Álvaro Costa Vieira | Iluminação: Ely Izidro | Composições e Trilha Sonora: Elielton Cabeça | Direção de Produção: Elson Rosário | Produção Montagem: Rubens França | Criação: Teatro Popular de Ilhéus. Sátira | Adulto | Classificação: 14 anos | 120 minutos
Teatro Municipal de Ilhéus
24 e 25 (sex e sáb) 21 horas | 26 (dom) 20 horas.
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