
Em sua explanação sobre os motivos que levaram a Santa Inquisição a condenar o físico italiano, no século XVII, o professor Marcelo Moschetti fez um apanhado histórico sobre a vida de Galileu. “Ele foi professor dos príncipes da Toscana e amigo do cardeal Barberini, que veio a se tornar o papa Urbano VIII, responsável pela sua sentença”, informou o pesquisador.
Ao longo da sua fala, o convidado do último Improviso, Oxente! explicou que a notoriedade de Galileu Galilei aumentou após ele ter inventado o telescópio, cuja base foi uma luneta de um fabricante de lentes holandês. Após publicar suas observações, quando disse que os astros não eram esferas perfeitas e defendeu a legitimidade da teoria de Copérnico, determinando que a Terra e os demais astros giravam ao redor do Sol, o cientista contrariou a Igreja Católica. Segundo o professor Marcelo, “Galileu popularizou suas descobertas, escrevendo livros em italiano, ao invés de latim, língua que a maioria do povo não entendia”.
Com a fama de suas teorias contraditórias às determinadas pela Igreja, Galileu teve uma condenação exemplar, a fim de desestimular outros pensadores, mas sem ofender as autoridades que protegiam o cientista. “A Inquisição o condenou à prisão domiciliar, a rezar e também a negar sua teoria”, disse o convidado do Improviso, Oxente! Diferente de outros que acabaram na fogueira, a pena de Galilei foi considerada leve, já que sua residência era uma vila confortável, sua filha ficou responsável pelas rezas, além de estar cego e com 70 anos.

Com entrada franca, as discussões sobre Galileu Galilei e a astronomia acontecem todas as quartas-feiras às 19 horas e contam com a parceria com o Grupo de Astrofísica da UESC. A próxima convidada será a professora Maristela Toma, que falará sobre o tema: Monstros no imaginário das navegações.
Fotos: Felipe de Paula
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